Depois de muitos dias ganhei força para o regresso... para a tarefa sublime de pegar na dor que espuma e corrói a alma e sossegá-la, transfigurá-la na calma suprema da arte, como faz o sol ao afagar a vastidão celeste do mar...e faz-se (...)
Gosto de trilhos agrestes, do relevo das rochas na pele, de curvas e de inclinações em linhas direitas...gosto dos bichos vadios, do cheiro suave e secreto da terra e de coisas de outros tempos de quando as imagens se guardavam na (...)
Imagem: coretesia da Bertrand livreiros Quero fazer minhas as palavras da poeta polaca Wisława Szymborska (2 de julho de 1923 — 1 de fevereiro de 2012), Prémio Nobel da Literatura em 1996. Este é o ano do seu centenário.
De pé, ainda de pé. Já nada guardas, coitada. Um resguardo efémero de tanto segredo que guardaste. Recordarás para sempre aquela sensação de protecção e aconchego que oferecias aos que se abrigavam nesse teu refúgio. Quantas (...)
Há pessoas enormes que não cabem nas casas sem alma Há corpos minúsculos para corações gigantes Há céus azuis e pássaros que voam Seguirei o rumo das aves elas sabem onde poisar.
Graças pela metamorfose. Mesmo na nudez das árvores, nesta solidão de inverno, no voo e canto diverso de pássaros, florescem inesperadamente os jarros, as violetas, os junquilhos, os narcisos, as camélias.Nas nespereiras já se vêm (...)
A recordação é o perfume da alma. É a parte mais delicada e mais suave do coração, que se desprende para abraçar outro coração e segui-lo por toda a parte.George Sand